Traço inimitável, domínio absoluto das cores, perfeição técnica. A soma dessas características define a pintura de Agostinho Malinverni Filho (1913−1971).
Admiradores mais entusiasmados, não satisfeitos em o considerarem um dos mais importantes artistas plásticos de Santa Catarina, ainda o avaliam como extraordinário interprete das paisagens regionais do sul do Brasil.
Alguns de "seus" pinheiros são considerados como exemplos mágicos de uma arte que vai desaparecendo continuamente, em virtude dos avanços tecnológicos: a pintura.
Mesmo assim, ciente de que a modernidade, assim como os deuses gregos, devora os seus filhos, Malinverni Filho soube resistir às adversidades e legar ao mundo suas obras de incomparável beleza e técnica.
Mesmo assim, ciente de que a modernidade, assim como os deuses gregos, devora os seus filhos, Malinverni Filho soube resistir às adversidades e legar ao mundo suas obras de incomparável beleza e técnica.
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Agostinho Malinverni Filho nasceu em 16 de fevereiro de 1913, em Lages, Santa Catarina, e faleceu em 14 de janeiro de 1971, na mesma cidade.
Desde criança manifestou vocação artística. Com giz desenhava figuras em calçadas e paredes. Com ajuda de seu pai (que também era artista plástico) aprendeu as lições elementares de desenho e pintura. Aos 15 anos, em Florianópolis, venceu um concurso de desenho para estudantes. Em 1934, ganhou uma bolsa do governo catarinense para estudar na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Aluno brilhante encantou a comunidade artística carioca, como comprova a exposição realizada no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, em 1946.
Regressou ao Planalto Catarinense em 1947, tendo em mente uma utopia: a Escola de Belas Artes Agostinho Malinverni, a primeira de Santa Catarina. A falta de apoio (financeiro, principalmente) fez com que o artista, quatro meses depois, ao se referir sobre a grande motivação de sua vida, comentasse amargo: Não vai mais funcionar. Eu fechei a escola e joguei a chave fora.
Independente desse percalço, a produção artística de Malinverni Filho foi intensa (pinturas a óleo, esculturas, desenhos).

Como sobrinha-neta do artista, torno-me suspeita de qualquer juízo de valor. Como admiradora das artes em geral, penso que o belo não tem parâmetros...apenas deve ser "sentido" e apreciado.
ResponderExcluirPosso, porém, agradecer as palavras de quem valoriza a arte e difunde os valores da nossa terra.
Vanda: Obrigado!
ResponderExcluirli a história de Maliverni e fico muito emocionada, com as artes,também soube de sua trágica história que morreu tão moço intoxicado pelas tintas, volta e tristeza quando tiraram-lhe a bolsa de movido a sentimentos de revolta estudos, tirando-lhes sua dignidade de ser humano, creio que nesta época uma bolsa de estudos,seria bem mais difícil ganhar. Vi os trabalhos do mesmo pessoalmente com meus alunos da escola , obras lindas, e senti o mesmo pois ha 6 anos tentei uma bolsa e nada na faculdade de artes, saí chorando de lá. sou frustada adoro artes plasticas e vejo que são poucos os que admiram, quando neste mês completaria 100 anos Maliverni VIVO FOSSE ESTARIA seria nosso grande pintor e escultor reconhecido e ajudaria muito os que pela arte se dedicam.
ResponderExcluirExcelente lembrança Raul. As palavras nos ativam a memória e vice-versa e espero que no centenário do artista a cidade retome e relembre com carinho o nome de Malinverni Filho.
ResponderExcluirmeu nome é Gabriel Zanchete Maliverni e é muito bom percebe que alguem lembra de meu bisavó,agradeço ao blog!
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