– A melhor coisa na televisão é o botão
desligar.
– Difícil dizer o que incomoda mais, se
a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante.
– Imbecil não tem tédio.
– Ser imbecil é mais fácil.
– Mais por fora do que umbigo de vedete.
– Às vezes tenho a impressão que o meu
anjo da guarda está gozando licença-prêmio.
– Um homem que não chora têm mil razões
para chorar.
– Política tem esta desvantagem: de vez
em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade.
– Capitalismo é a exploração do homem
pelo homem. O Socialismo é o contrário.
– Os valores morais são os únicos que
conservaram os preços de antigamente.
– Mentia com tanta ênfase que até mesmo
o contrário do que dizia estava longe de ser a verdade.
– Todos os dias são do caçador. Só o
último dia do caçador é o da caça.
– Quem diz que futebol não tem lógica,
ou não entende de futebol ou não sabe o que é lógica.
– Pode-se dizer a maior besteira, mas se
for dita em latim muitos concordarão.
– Uma feijoada só é realmente completa
quando tem uma ambulância de plantão.
– Macrobiótica é um regime alimentar
para quem tem 77 anos e quer chegar aos 78.
– Mais vale um filé no prato do que um
boi no açougue.
– Às vezes é melhor deixar em fogo lento
do que mexer na panela.
– A mulher ideal é sempre a dos outros.
– Se o Diabo entendesse de mulher, não
tinha rabo nem chifre.
– Ele tinha um medo terrível de se
apaixonar pela esposa.
– O marido enganado é um homem que se
engana a respeito da mulher que o enganou.
– Tirante mulher, a gente só deve
recomendar o que experimentou e gostou.
–
Pra não se sentir diminuído no meio dos amigos, confessou: Não é pra me gabar
não, mas eu também sou meio tarado!
– Tinha tal pavor de avião que se sentia
mal só de ver uma aeromoça.
– Quando o casal começou a dançar o
chá-chá-chá, Tia Zulmira disse que já conhecia aquilo, apesar de que, de pé,
era a primeira vez que via.
– Nem todo gordo é bom, muitos se fingem
de bonzinhos porque sabem que correm menos.
– A prosperidade de alguns homens
públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso
do nosso subdesenvolvimento.
– No Brasil as coisas acontecem, mas
depois, com um simples desmentido, deixaram de acontecer.
– Antes só do que muito acompanhado.
– Consciência é como vesícula, a gente
só se preocupa com ela quando dói.
– Em rio de piranha jacaré nada de
costas.
– Era desses caras que cruzam cabra com
periscópio pra ver se conseguem um bode expiatório.
– Lavar a honra com sangue suja a roupa toda.
– Lavar a honra com sangue suja a roupa toda.
– Mais monótono do que itinerário de
elevador.
–
Mulher e livro, emprestou, volta estragado.
– Rabo e conselho só se deve dar a quem
pede.
– Dono de cartório de protesto é uma
espécie de cafetão da desgraça alheia.
– A polícia prendendo bicheiros? Assim
não é possível. Respeitemos ao menos as instituições!
– A polícia anda dizendo que prende um
bandido de meia em meia hora, então a gente fica desconfiado que eles assaltam
de 15 em 15 minutos.
– Basta ler meia página do livro de
certos escritores para perceber que eles estão despontando para o anonimato.
– Coitado, frequentou tantas noites de
autógrafos que acabou alcoólatra.
– Mais feio que mudança de pobre.
– O primeiro nome de Freud era
Segismundo. Aliás, não só seu primeiro nome como também seu primeiro complexo.
– Da minha janela vejo o pátio de um colégio e quando a campainha toca para o intervalo das aulas eu paro de trabalhar e fico olhando, como se estivesse no recreio também.
Sergio Marcus Rangel Porto, que adotou o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta (1923-1968) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário