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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

STANISLAW PONTE PRETA, VULGO SERGIO PORTO, EM QUARENTA E CINCO FRASES



 – A melhor coisa na televisão é o botão desligar.

– Difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante.

– Imbecil não tem tédio.

– Ser imbecil é mais fácil.

– Mais por fora do que umbigo de vedete.

– Às vezes tenho a impressão que o meu anjo da guarda está gozando licença-prêmio.

– Um homem que não chora têm mil razões para chorar.

– Política tem esta desvantagem: de vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade.

– Capitalismo é a exploração do homem pelo homem. O Socialismo é o contrário.

– Os valores morais são os únicos que conservaram os preços de antigamente.

– Mentia com tanta ênfase que até mesmo o contrário do que dizia estava longe de ser a verdade.

– Todos os dias são do caçador. Só o último dia do caçador é o da caça.

– Quem diz que futebol não tem lógica, ou não entende de futebol ou não sabe o que é lógica.

– Pode-se dizer a maior besteira, mas se for dita em latim muitos concordarão.

– Uma feijoada só é realmente completa quando tem uma ambulância de plantão.

– Macrobiótica é um regime alimentar para quem tem 77 anos e quer chegar aos 78.

– Mais vale um filé no prato do que um boi no açougue.

– Às vezes é melhor deixar em fogo lento do que mexer na panela.

– A mulher ideal é sempre a dos outros.

– Se o Diabo entendesse de mulher, não tinha rabo nem chifre.

– Ele tinha um medo terrível de se apaixonar pela esposa.

– O marido enganado é um homem que se engana a respeito da mulher que o enganou.

– Tirante mulher, a gente só deve recomendar o que experimentou e gostou.

– Pra não se sentir diminuído no meio dos amigos, confessou: Não é pra me gabar não, mas eu também sou meio tarado!

– Tinha tal pavor de avião que se sentia mal só de ver uma aeromoça.

– Quando o casal começou a dançar o chá-chá-chá, Tia Zulmira disse que já conhecia aquilo, apesar de que, de pé, era a primeira vez que via.

– Nem todo gordo é bom, muitos se fingem de bonzinhos porque sabem que correm menos.

– A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.

– No Brasil as coisas acontecem, mas depois, com um simples desmentido, deixaram de acontecer.

– Antes só do que muito acompanhado.

– Consciência é como vesícula, a gente só se preocupa com ela quando dói.

 – Em rio de piranha jacaré nada de costas.

– Era desses caras que cruzam cabra com periscópio pra ver se conseguem um bode expiatório.

– Lavar a honra com sangue suja a roupa toda.


– Mais monótono do que itinerário de elevador.

– Mulher e livro, emprestou, volta estragado.

– Rabo e conselho só se deve dar a quem pede.

– Dono de cartório de protesto é uma espécie de cafetão da desgraça alheia.

– A polícia prendendo bicheiros? Assim não é possível. Respeitemos ao menos as instituições!

– A polícia anda dizendo que prende um bandido de meia em meia hora, então a gente fica desconfiado que eles assaltam de 15 em 15 minutos.

– Basta ler meia página do livro de certos escritores para perceber que eles estão despontando para o anonimato.

 – Coitado, frequentou tantas noites de autógrafos que acabou alcoólatra.

– Mais feio que mudança de pobre.

– O primeiro nome de Freud era Segismundo. Aliás, não só seu primeiro nome como também seu primeiro complexo.

– Da minha janela vejo o pátio de um colégio e quando a campainha toca para o intervalo das aulas eu paro de trabalhar e fico olhando, como se estivesse no recreio também.




Sergio Marcus Rangel Porto, que adotou o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta (1923-1968)

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