É o azar, não a prudência, que
rege a vida.
A vida dos mortos está na memória
dos vivos.
Nunca houve douto que
considerasse inconstância uma simples mudança de opinião.
Viver é pensar.
A força é o direito das bestas.
A testa, os olhos, o rosto mentem
muitíssimo. As palavras mentem muito mais.
Quando as armas falam, as leis se
calam. (Silent inter arma legis)
Que haverá mais alegre do que uma
velhice rodeada pela curiosidade de saber da mocidade?
A qualidade peculiar de um tolo é
perceber os defeitos dos outros e esquecer os próprios.
Toda a vida dos filósofos é um
preparo para a morte.
Visto que não podemos viver
muito, façamos ao menos alguma coisa para demonstrar que vivemos.
A paz é doce e salutar. Mas,
entre a paz e a servidão a diferença é grande.
As pessoas são como os vinhos: a
idade azeda os maus e apura os bons.
Os estoicos definem o amor como
tentativa de formação de amizade pela beleza.
Somos escravos das leis para
podermos ser livres.
Ser louvado pelos honestos e ser
desprezado pelos maus é a mesma coisa.
Tão próximos estão os erros das
verdades que o sábio jamais deve se situar em ponto escorregadio.
É preciso comer para viver – não
viver para comer.
Utilidade e baixeza não podem
existir na mesma coisa.
A confidência corrompe a amizade;
muito contato, a consome; o respeito, a conserva.
Não fomos criados por um simples
acaso. A força que gerou o gênero humano não o teria criado e muito menos
conservado se fosse apenas para, depois, precipitá-lo no eterno mal da morte.
Não é de paredes que se compõe
uma nação – lares e altares são mais importantes.
Até quando, ó Catilina, hás de
abusar de nossa paciência?
Sou profundamente grato à velhice
que, aumentando o meu interesse pela conversação, me tirou a paixão ao comer e
beber.
Vou-me da vida não como quem sai
de casa, mas como quem vai para uma pousada.
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